Com a mesma falta de vergonha na cara
Eu procurava alento no seu último vestígio
No território da tua presença impregnando
Tudo,tudo que eu não posso, nem quero
Deixar que me abandone
Não posso,nem quero
Deixar que me abandone
Não posso nem quero
Deixar que me abandone, não!
São novamente quatro horas
E ouço o lixo,no futuro,do presente,que tritura
As sirenes que se atrasam
Pra salvar atropelados que morreram,que fugiam
Que nasciam,que perderam
Que viveram tão depressa,tão depressa,tão depressa
São novamente quatro horas
E ouço o lixo,no futuro,do presente,que tritura
As sirenes que se atrasam
Pra salvar atropelados que morreram,que fugiam
Que nasciam,que perderam
Que viveram
Depressa,depressa demais
A vida é doce
E de repente o telefone toca
E é você do outro lado me ligando
Devolvendo minha insônia, minhas bobagens
Pra me lembrar que eu fui a coisa mais brega
Que pousou na tua sopa
Me perdoa,daquela expressão pré-fabricada
De tédio, tão canastrona
Que nunca funcionou,nem funciona
Me perdoa,a vida é doce
Me perdoa,a vida é doce
Me perdoa,me perdoa
Me perdoa,me perdoa
São novamente quatro horas
E ouço o lixo,no futuro,do presente,que tritura
As sirenes que se atrasam
Pra salvar atropelados que morreram,que fugiam
Que nasciam,que perderam
Que viveram tão depressa,tão depressa,tão depressa
São novamente quatro horas
E ouço o lixo,no futuro,do presente,que tritura
As sirenes que se atrasam
Pra salvar atropelados que morreram,que fugiam
Que nasciam,que perderam
Que viveram
Depressa,depressa demais
A vida é doce
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